Assemblage - Traços de Garibaldi Assemlage: Valentina Flores de Andrade

Valente até no nome, a garibaldense Valentina Flores de Andrade, 10 anos, gosta de brincar com as primas, com os animais que existem na propriedade rural de seus avós e, principalmente, andar a cavalo.

No Brasil o sobrenome Flores começou a chegar com os casais açorianos, durante o século 18. Entre os primeiros nomes em terras gaúchas está Francisco José Flores, que recebeu terras em Porto Alegre, em 1773. Em Garibaldi, a família Flores segue a tradição de honrar o legado gaúcho, mantendo o contato afetivo com aos animais.

A estudante do Colégio Sagrado Coração sonha em conhecer a Disney, morar na praia e se tornar veterinária. Ela adora assistir Luluca e As Aventuras de Poliana, mas sua maior felicidade está no dia a dia com os cavalos. “Na casa da minha vó tem um espação gigante para brincar. A gente sempre precisa colocar uma proteção na piscina por que o Rex, o labrador, sempre pula ou os cavalos ficam bebendo a água e o cloro faz mal. Na vó tem pomba, galinha, peru, faisão, porca e coelho” conta Valentina.

Valente não só no nome, monta desde pequenininha, participa de rodeios e já se aventura a laçar. Quando estava com cerca de 3 anos de idade, o animal se assustou e ela caiu. O desespero bateu forte na mãe, Taísa, pois Valentina ficou em choque e perdeu momentaneamente a visão. “Por algumas horas ela não viu mais nada. Ela dizia ‘mãe, não te vejo’. Depois tudo voltou ao normal e já queria voltar a montar. Não ficou com medo”, recorda Taísa.

Valentina já teve um pônei, uma égua chamada Bruxa, um cavalo chamado Chicote, uma pitiça e, agora, um cavalo rosilho, bonito e alto, chamado Toni. “Gosto de morar em Garibaldi por que aqui está a minha família, a gente mora perto de tudo e tenho meus amigos. É uma cidade que eu adoro!”, relata.

 

Sobre a Exposição Assemblage - Traços de Garibaldi
Assemblage é um termo francês utilizado no mundo das artes e do vinho. Ele é usado para designar o conceito de “mistura” e “fusão”. Assim são os garibaldenses. Esse assemblage inicia em 1875, com a chegada dos imigrantes. 

Essa exposição se propõe despertar boas lembranças e reflexões sobre o quanto somos únicos e, ao mesmo tempo, partes do todo. 

Contemplar nossa fisionomia é perceber o quanto somos únicos em nossa mistura de italianos, portugueses, franceses, suíços, germânicos, indígenas e africanos.

Assemblage - Traços de Garibaldi é financiada pela Lei federal Aldir Blanc, distribuído pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul e Prefeitura Municipal de Garibaldi.

Texto: Priscila Boeira 
Fotos: Ricardo Zeni Moreno